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domingo, 9 de maio de 2010

Piano - manutenção

A manutenção do PIANO para seu melhor funcionamento.

O piano é um dos instrumentos com mais evolução na história da música. Atualmente um dos mais complexos em construir, isso o transforma em susceptível de desajustes em sua maquinaria e componentes, como assim na afinação.

Aqui estudaremos a forma de prevenir estes desajustes e a manutenção adequada que devem realizar-se, os quais em sua maioria, podem e deveriam ser levá-los a diante por você mesmo. Mesmo assim sempre se deve acudir a um técnico especializado quando se trata da manutenção, da afinação e ajuste de componentes internos do piano.

a) LOCALIZAÇÃO

- O quarto e seu entorno:

A melhor localização para o piano é no centro de um quarto, nos casos de pianos de cauda, e si se trata de um de armário, próximo a uma parede que separe dois quartos. De ser possível, evitar colocá-lo junto a uma parede que dê a uma cozinha, lavanderia ou ao exterior, porque o calor, a umidade e as condições atmosféricas podem afetar gravemente a qualidade do som e sua afinação.

- Evitar às janelas:

Não colocar o piano perto de uma janela. O móvel é de madeira e deve ser protegido da luz solar direta. Se não dispõe de outro lugar, coloque uma cortina grossa para sua proteção.

b) TEMPERATURA

“Os pianos são extremamente sensíveis à temperatura. Devem ser tratados com extremo cuidado, tanto como o corpo humano...”

- Evitar o calor:

Mantenha o piano afastado de fontes de calor como radiadores ou ventiladores de ar quente. Evitar as mudanças bruscas de temperatura. Quando se esquenta um quarto frio repentinamente, a umidade se condensará nas cordas do piano, e em outras partes metálicas, podendo causar sua oxidação. As partes com felpa absorveram umidade, afetando sua função e produzindo como resultado, sons desafinados.

- Evitar o excesso de frio:

Neste caso, nos pianos de armário, pode-se colocar um cobertor velho na parte de atrás, entre o piano e a parede. No caso do piano de cauda, é conveniente ter um cobertor de pianos, que são adquirem em qualquer loja de pianos.

c) UMIDADE

Em geral, uma umidade relativa entre 50 e 60 % é ideal para os pianos. Tanto a excessiva umidade como a excessiva sequedade, devem definitivamente evitar-se. Se demasiada umidade é um problema, a sequedade excessiva é ainda pior, especialmente nas habitações onde se utilizam sistemas de calefação ou refrigeração.

Na maquinaria utilizam-se materiais como feltro, couro, tecido, e muitas peças de precisão de madeira de até 1/100 mm de tolerância. A excessiva umidade incha a madeira afetando gravemente não só o funcionamento da maquinaria, mas também, entre outras coisas, a tábua harmônica, grande responsável pela qualidade do som. A tábua de ressonância é o coração do piano. Nos bons instrumentos constitui uma autêntica obra mestra de ebanistería. Todas as partes são extremamente sensíveis à umidade.

Exatamente o contrário passa com a extrema sequedade, assim como com a umidade se incha, a madeira com a sequedade se quebra.

Recomendações:

Todos sabemos que Balneário Camboriú é uma cidade muito úmida, e facilmente se sobre-passam os 60% de umidade ideal para o piano. É por isso que se recomenda:

- Colocar dentro do piano absorvedores de umidade (vendem-se nas casas de limpeza e normalmente se utilizam para guarda-roupas).

- Em dias nublados ou chuvosos, feche todas às janelas da habitação onde está o piano.

- Ar condicionado: Ter muito cuidado de não expor o piano a um ambiente que se encontre todo o tempo climatizado, os sistemas de calefação ou refrigeração secam totalmente o ambiente. Neste caso, é recomendável não utilizar o ambiente climatizado todo o dia.

- Manter o piano fechado sempre que não toque. O pano que protege o teclado absorve a umidade durante o tempo nublado e chuvoso. Deve ser retirado depois e secado ao ar livre.

- Cobri-lo com um cobre-pianos (cobrir todo o piano).

d) LIMPEZA

- Não permita que se acumule pó.

Limpar o piano só com um pano bem limpo ou com um pouco de limpador comum de moveis, só por fora. Não utilizar nunca produtos químicos como álcool, produtos cosméticos, inseticidas, aerossol, produtos para diluir tintas ou que contenham petróleo. Não apoiar objetos de vinil ou plástico (exceto polietileno).

- Manter limpo o teclado:

Às teclas possuem uma textura especial para o dedo, e é por isso que não se deve limpar mais que com um pano bem limpo, sem produto algum. É muito conveniente que o teclado tenha o pano protetor (se não o possui, solicite-o ao técnico afinador). Fechar sempre a tampa depois de tocá-lo.

- Cuidado com as traças:

Colocar dentro do piano umas xícaras velhas com um pouco de naftalina. Às traças comem o feltro e os panos que se encontram dentro do piano. Entre outras coisas, as cabeças dos martelos estão feitas de feltros de alta densidade, prato favorito destes inimigos do piano. A naftalina bastará para prevenir as traças, larvas, e outros bichos.

Se o piano já tem insetos, abrir completamente, limpar bem com muito cuidado, fechar todas ás tampas- menos a superior-, jogar um pouco de inseticida antitraças, e fechar totalmente. Deixá-lo um dia inteiro e logo colocar a naftalina.

e) AFINAÇÃO E AJUSTE DA MAQUINARIA.

- Afinação

O piano deve afinar-se três a quatro vezes ao ano. Cada corda do piano é normalmente tencionada a uma tensão de perto de 90 kg.. O não fazê-lo afinar implicará que as cordas naturalmente vão baixando sua freqüência pouco a pouco devido a grande força que devem suportar. Ao baixar-se não se acostumam a uma nova posição, o que implica não só um som defeituoso e desafinado, mas também sua facilidade de ruptura: por tanto um grande custo monetário por não mantê-lo adequadamente.

- Calibração

A calibração ou regulação consiste em ajustar todas as partes internas da maquinaria, como ser a igualação do peso do teclado, escapes, martelos, apagadores, pedais, etc.

A afinação e o ajuste devem ser realizados unicamente por um experto. Quando seu piano necessite ser afinado ou ajustado, chame a um técnico de pianos. Somente o especialista poderá aconselhá-lo sobre a freqüência dos ajustes e afinações, que dependerá também do uso que você lhe dê a seu piano.

- Precauções:

Não tente nunca afinar por sua conta alguma corda que lhe resulte desafinada, já que o dano que pode produzir-se, pode ser pior do que tenha.

Não só pode implicar seguramente a ruptura de várias cordas, mas também aspetos como desnivelar o agüente do cravelheiro e afetar assim a afinação de TODAS as cordas. Seguramente não só afete a afinação senão também gravemente a cravilha. A cravilha é uma peça de 6 ou 7 cm de longitude que vai enroscada no corpo do cravelheiro, de madeira de haya, muito duro e forrado de ferro (harpa de fundição). Cada cravilha agüenta uma tensão meia de 70 kg., isso multiplicado pelas 210 a 220 cordas que tem o piano, da uma idéia da robustez que há de ter a estrutura cravelheiro para suportar essas toneladas de tensão. O movimento de uma peça tão cumprida dentro de uma estrutura tão robusta produz muito calor. Resulta perigoso ajustar muitas vezes um mesmo cravelheiro, pois pode chegar a lixar a rosca inutilizando sua função. È por isso, pelo que há que conduzir com muitíssimo cuidado cada cravilha já que o dano pode ser muito grande, e muitas vezes irreparável, ou bem, de grande custo monetário, o qual muitas vezes nem vale a pena por tratar-se de um erro tão pequeno. Lembre, “o barato custa caro”, e este tipo de trabalho deve ser feito por um técnico especializado.

Professor: Alberto Damián Montiel


Arquivo extraído do site da escola de musica harmonia

WWW.musicaharmonia.com.br


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