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quarta-feira, 24 de junho de 2009

Conhecendo melhor o Piccolo (Flautim)

Conhecendo melhor o Piccolo

por Marcos Kiehl

Muitos alunos de flauta se surpreendem quando experimentam ou adquirem um piccolo pela primeira vez e constatam que, apesar de sua semelhança, não é possível toca-lo exatamente da mesma maneira que uma flauta. Surgem então as dúvidas de como estudar, o que estudar, e até que ponto considerar o piccolo como se fosse uma pequena flauta.

O primeiro passo para compreender melhor este instrumento é saber identificar os diferentes modelos de piccolos existentes no mercado e conhecer suas semelhanças e diferenças em relação à flauta. Estas diferenças podem ser maiores ou menores de acordo com o modelo do piccolo.

1. Os materiais:

Ao contrário das flautas, os piccolos diferem muito entre si, tanto no material utilizado como no formato de seu corpo. Eles são confeccionados a partir de diferentes materiais, como resina plástica, metal, madeira, ou ainda uma combinação destes materiais (por exemplo: bocal de metal e corpo de resina ou madeira). A utilização de diferentes materiais tem grande influência no som, na qualidade e custo do instrumento.

A resina plástica (em geral de coloração preta) é muito durável e resistente às variações climáticas, e foi desenvolvida com o intuito de “imitar” o som e a aparência da madeira, por um preço bem inferior. Os piccolos de resina podem ter bocais também de resina ou de metal. Os bocais de resina, assim como os de madeira, não possuem aquele porta-lábio como nas flautas, pois o material é mais espesso.

O piccolo de metal (que pode ser de prata ou níquel prateado) é o que mais se assemelha à nossa flauta tradicional de metal. Possui bocal também de metal com porta-lábio e é geralmente cilíndrico como a flauta. Também é durável e resistente, mas produz um som mais brilhante e penetrante que a resina ou a madeira. Sua utilização é mais indicada para grandes conjuntos como bandas e fanfarras.

Já o piccolo de madeira é sempre cônico e possui o som mais doce e flexível de todos, podendo também ser tocado de uma forma mais expressiva. A madeira mais utilizada hoje é a grenadilha, uma madeira africana muito resistente e semelhante ao ébano (que hoje não pode mais ser comercializado, pois está em extinção). O piccolo de madeira pode ser encontrado com bocal também de madeira ou de metal. Eles são geralmente os mais caros e os mais utilizados por profissionais em orquestras e outros conjuntos sinfônicos, pois além de seu som mais delicado, também permite maior fusão com os outros instrumentos do naipe das madeiras e das cordas. Entretanto, alguns cuidados precisam ser tomados para que variações de temperatura e umidade não lhe causem rachaduras, uma vez que a madeira é um material orgânico. Um piccolo novo deve ser “amaciado” tocando-se no máximo cerca de 30 minutos por dia, durante o primeiro mês. A umidade do sopro poderá causar uma dilatação da madeira de dentro para fora o que aumenta as chances de uma rachadura. Recomenda-se também a “hidratação” da madeira com óleos especiais pelo menos uma vez ao ano. O óleo preenche as fibras da madeira de forma homogênea (por dentro e por fora) e impede a penetração da água. Este procedimento deve ser feito por um especialista.

2. Cônico x cilíndrico:

Além do material, outra característica determinante do instrumento é o formato de seu corpo, que pode ser cônico ou cilíndrico.

Os piccolos cilíndricos são mais semelhantes às nossas flautas na maneira de tocar e na afinação. O corpo é cilíndrico como nas flautas e o bocal levemente cônico, quase sempre de metal. A presença do porta-lábio ajuda os iniciantes a encontrar a embocadura.

Os piccolos cônicos, por sua vez, são similares às antigas flautas cônicas de madeira, que praticamente desapareceram no século 19. Seu corpo se afunila em direção ao extremo inferior, o que aumenta muito a resistência das notas, mas também a flexibilidade e dinâmica de seu som. São por esta razão menos parecidos com nossas flautas atuais na afinação e na maneira de tocar, mas os preferidos por profissionais. O corpo cônico de madeira propicia uma riqueza maior de timbres e dinâmica.

3. A sonoridade:

Os maiores desafios que este pequeno instrumento impõe ao seu executante talvez sejam o controle da afinação e da dinâmica. Para tornar seu som mais doce e delicado é necessário ajustar a pressão da coluna de ar, que costuma ser muito alta naqueles que estão se iniciando no piccolo. Passado o susto inicial, o estudante deve tentar assoprar o mais leve possível, partindo da região média do instrumento em direção aos extremos agudo e grave. Também é muito importante evitar o excesso de tensão nos lábios, que diminui a flexibilidade e o controle da afinação. O som também ficará menos estridente se os lábios estiverem menos rígidos.

4. Por onde começar:

Os exercícios cromáticos, como aqueles do método de sonoridade do Moyse, são ótimos para desenvolver a embocadura correta para o piccolo. Em seguida pode-se praticar alguns exercícios de intervalos para melhorar o controle da afinação e dinâmica. Para tanto, escalas e arpejos, inicialmente em uma oitava, são bastante indicados.

Também é importante conseguir uma boa acomodação dos dedos nas chaves do piccolo, que devido ao seu pequeno tamanho, será um pouco diferente da flauta. Uma postura confortável e natural das mãos e dos dedos é muito importante para uma boa técnica. Exercícios de escalas como os EJ’s do Taffanel& Gaubert (pg. 112) ou do método do Celso Woltzenlogel (pg. 117) podem ser praticados com este objetivo.

5. O repertório:

Embora o repertório camerístico originalmente escrito para o piccolo seja bastante reduzido, podemos usar quase todo o repertório de flauta para estudar piccolo. As sonatas e concertos do período barroco são bastante adequados e ideais para o iniciante, assim como os estudos técnicos de Andersen e outros. Existem 3 belíssimos concertos de Vivaldi escritos para o piccolo, mas como são bastante difíceis, só devem ser praticados quando o aluno já possuir um bom domínio do instrumento.

O piccolo é mais utilizado em orquestras e bandas, deste modo seu repertório mais significativo e interessante talvez seja o sinfônico. Pelas suas características de timbre e projeção do som, ele é empregado quase sempre como um instrumento solista na orquestra, estando sempre muito exposto, e com a linha melódica. Possui grande agilidade devido ao seu pequeno tamanho, o que é muito explorado pelos compositores. Seu timbre é também muito usado para dar coloração aos “tutti” da orquestra.

Os trechos orquestrais mais famosos podem ser encontrados compilados em álbuns específicos dedicados ao estudo do piccolo. Estes trechos são em geral muito difíceis, não apenas do ponto de vista técnico, mas também na sonoridade e afinação. Saber tocar bem este instrumento pode abrir novas oportunidades de emprego. É importante iniciar o estudo do piccolo o quanto antes, o que nem sempre acontece. Muitos alunos dão pouca ou nenhuma importância ao estudo deste instrumento, só dando conta de sua importância quando aparece um concurso para uma vaga de piccolo. Aí, muitas vezes, não há tempo suficiente para aprender a tocar piccolo.

Portanto, é aconselhável dividir o tempo de estudo da flauta com o piccolo desde cedo. No início, o piccolo parece atrapalhar a embocadura da flauta, então procure estudar alternando entre os dois instrumentos, o que por sinal é exigido com freqüência do flautista/piccolista profissional.

6. Sobre a afinação:

Em primeiro lugar, verifique se a rolha do bocal está na posição correta em relação à medida que está na vareta de limpeza fornecida pelo fabricante (esta medida costuma ser de 7,5mm, mas pode variar de acordo com o modelo do instrumento). Introduzindo-se a vareta no bocal, a marca deverá estar exatamente no centro do orifício da embocadura. Lembre-se que no piccolo este ajuste é mais crítico que na flauta.

Se o seu piccolo é do tipo cônico, então você deverá fazer um estudo ainda mais específico de afinação com ele. Isto porque a tendência de afinação de um piccolo cônico é bastante diferente da flauta, que é cilíndrica. Algumas notas que sabidamente costumam ser altas na flauta podem muitas vezes ter uma tendência contrária no piccolo. Por exemplo, todos concordam que o dó# na flauta tende a ser alto, mas no piccolo cônico ele costuma ser baixo. Determinar estas diferenças é portanto fundamental para poder corrigir a afinação do piccolo.



2 comentários:

Vanessa disse...

Olá, gostei muito deste artigo, toca flauta transversal, mas o flautim está me conquistando também!!

Mila disse...

Tenho uma duvida. Toco flauta transversal em uma orquestra e há pouco tempo me deram um flautim para tocar tbm. Nao sei se é normal ou se apenas exige treino, mas só consigo tocar a partir do MI (primeira oitava). Isso é normal? Peguei o flautim bem "destruído", tinha acabado de voltar do conserto.