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O Som
Uma das maiores dificuldades para o aluno que inicia os estudos em clarinete está relacionado com a emissão do som. A qualidade do som depende essencialmente de três fatores:
· Físico
· Técnico
· Material
O factor físico engloba todas as características do aluno, desde a sua estrutura física (altura, peso, etc.), até à especificidade da sua embocadura (lábios, maxilar). Desta forma, quando um aluno começa a aprendizagem do clarinete, o professor deve ter em conta as suas características pessoais, e a sua pedagogia deve contemplar uma adaptação ao indivíduo, de maneira a que cada um encontre a forma de tocar que o faça sentir melhor (tocar naturalmente).
No que respeita ao fator técnico, podemos dividi-lo em duas componentes base: a embocadura e a coluna de ar; assim, é através de uma correta colocação da embocadura na boquilha que a emissão do som vai resultar ou não. A coluna de ar determina a duração, intensidade e cor do som (timbre); a pressão rápida do ar origina um som timbrado e cheio. Logicamente, a interrupção da coluna de ar dará origem à interrupção do som.
Finalmente, o fator material está relacionado com a qualidade e/ou adequação dos materiais utilizados; deverá existir compromisso entre as características físicas do indivíduo e o tipo de instrumento e acessórios usados. No que respeita à escolha de boquilha e palhetas (parte primordial para a emissão do som), estas devem seguir uma lógica baseada no tipo de abertura da boquilha: quanto mais aberta for a boquilha mais brandas deverão ser as palhetas, e quanto mais fechada mais fortes deverão ser. No entanto, os três fatores mencionados não podem ser dissociados, o que faz com que não existam regras estanques, uma vez que cada indivíduo deve escolher o material que o fizer sentir melhor no seu desempenho como clarinetista.
A Respiração
A emissão do som é a primeira etapa das muitas que compõem o estudo do clarinete. Como base teórica (e técnica) para os primeiros sons, o aluno deve compreender o mecanismo da respiração, uma vez que o clarinete exige um grande controle da produção do ar, que leva à emissão do som. Podemos dividir o processo da respiração em dois momentos: o primeiro é o movimento da inspiração - o indivíduo aspira o ar através da boca (e nariz) e armazena-o nos pulmões (caixa torácica); o segundo é a expiração, que se realiza por meio de uma coluna de ar, apoiada pelo músculo diafragmático que irá ser expelida pela boca e com a sua passagem pela palheta (e boquilha) transformará as vibrações em sons com alturas determinadas. Com a experiência, o aluno compreenderá a relação quantidade de ar / altura do som, que deverá estar sempre presente.
Os primeiros sons
O emitir do som no clarinete deve estar baseado numa atmosfera de descontração e “relaxe”. O aluno não deverá estar preocupado com alturas definidas, posições da mão ou outros fatores, mas sim com a coluna de ar e posição da embocadura. Desta forma, os primeiros sons deverão ser experimentados na boquilha mais barrilete, ambos separados do instrumento, libertando o aluno de qualquer pressão. Através de sílabas tipo TE ou TA, o aluno deve procurar o som e a partir do mesmo usar diferentes durações.
Após atingido o objetivo de emissão do som através da boquilha, é proposto ao aluno um novo desafio: as alturas definidas. Começando com a dedilhação da mão esquerda o aluno deve iniciar a aprendizagem do mecanismo superior, uma vez que são notas com posições simples, o que facilita a emissão do som. Uma vez consolidada a técnica referente à mão esquerda, o professor deve iniciar o aluno nas dedilhações da mão direita, seguindo-se a mudança de registro e o registro médio e agudo do clarinete. Apesar de parecer bastante simples, é de grande importância que o aluno faça uma correta aprendizagem da técnica de base, visto ser desta que irá resultar o seu futuro desempenho musical. Assim, a técnica é o que, lado a lado com a qualidade do som e expressão musical distingue o clarinetista.
O aluno deve ganhar hábitos de trabalho sério, quer no estudo individual, quer na performance do trabalho de conjunto. Assim, o professor, como o primeiro elo de ligação do aluno ao seu instrumento, deve promover ambas as vertentes, podendo ser ele o primeiro grupo de câmara do aluno, incentivando-o assim à performance de conjunto, promovendo as capacidades de audição, afinação, improvisação e integração musical. Este tipo de trabalho ajuda o aluno a explorar as potencialidades do seu instrumento, através de uma conjugação com outros da mesma família (qualquer que seja a formação - trio, quarteto, quinteto, etc. ), levando-o a partilhar experiências e truques; será enfim,um emergir no mundo do estudo do clarinete.
Autor: ENELRUY FREITAS LIRA
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5 comentários:
kra seu blog é bom d+ parabens me deu ate algumas ideias pro meu parabens otimo trabalho
parabens pelo Blog profissional...
pus nos favoritos aqui..
Cara parabéns pelo blog
ta de mais muitas ideias
geniais e otimos metodos de estudos
parabens mesmo.
Continuem sempre assim.
És muito giro, se eu tivesse um marido assim mais valia, o meu marido bebe demais e trata me mal, sou Maria Dias Silva, vivo em Portugal, sou casada e tenho um filho parecido a si lindissimo, sou flautista, já actuei em vários países e tenho 37 anos sou magra, bonita, mas tenho um pequeno problema mãos! Parabéns por este blog, tem tudo o que precisa para um aluno estudar, principalmente o meu filhinho de 6 anos! Até lhe estou agradecida!
Ai pessoal, esse link contem metodos para clarineta.
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