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domingo, 9 de maio de 2010

Interpretação musical - Como preparar uma peça

Como preparar uma peça:

Muitos músicos, quando resolvem estudar uma música nova, simplesmente colocam a partitura na estante e começam a tocar. Com certo preparo técnico e repetindo várias vezes, até conseguem tocar as notas da partitura. Isso, porém não é suficiente; é necessária uma interpretação artística. Ao ouvir diferentes gravações de uma obra, pode-se verificar que a mesma partitura soa diferente na concepção de cada intérprete. Como é possível, se todos tocam as mesmas notas e o efeito final é distinto?

Ocorre que a partitura musical é o registro das informações técnicas sobre a obra, o esqueleto da composição, mas o acabamento compete ao intérprete, ao virtuoso. Para dar esse acabamento, o intérprete, além de técnica impecável, tem de conhecer - e bem – história da música, harmonia, contraponto, instrumentação, formas musicais, fraseologia, composição, estética musical e ainda filosofia, sociologia, história do mundo e outras coisinhas mais.

Antes de tocar a primeira nota da peça, existe um longo caminho a ser percorrido. A princípio, deve-se analisar toda a obra harmonicamente. Por exemplo: o 1° movimento está em tal tom; no compasso n° x, modulou para tom y, etc. Segue a análise formal (sonata, variações, etc.), procuram-se o 1° tema, o 2° tema, a melodia principal, o contraponto, a 2ª voz, as passagens modulatórias ou as notas chamadas na gírias de “simples recheio harmônico”. Para conceituar a obra, é preciso estudar a vida do compositor e os acontecimentos que lhe marcaram a vida emocional. Deve-se descobrir por que o compositor escreveu tal obra (razões sentimentais, políticas, comerciais, etc.) e o que quis dizer com a música, qual é a mensagem artística.

Definir o estilo de determinada obra não é fácil, porque os compositores o alteram várias vezes durante a vida (Beethoven é romântico?). com todas essas informações, pode-se tentar definir a estética da interpretação. O nome das peças (romance, noturno, etc.) e informações complementares (amorosamente, majestoso, brilhante, etc.) ajudam na tarefa.

Como se vê, não basta tocar notas, há um árduo e longo trabalho preparatório. Vencida essa primeira fase e com uma idéia definida sobre a obra, começa o trabalho instrumental. Decidem-se os dedilhados, posições, respirações, arcadas e outros detalhes puramente técnicos, para depois começar a tocar as primeiras notas, executando devagar o ritmo e a dinâmica. Apreendidas todas as informações codificadas na partitura, em ritmo lento, aumenta-se gradativamente a velocidade até conseguir executar toda a música no andamento indicado ou mesmo, bem mais rápido.

Resolvidos os problemas técnicos, tendo as notas embaixo dos dedos, busca-se a interpretação completa, com base nos conhecimentos adquiridos quando da análise prévia da obra.

Alguns artistas se gabam de preparar uma obra em poucos dias. Conta-se a história de um pianista virtuoso chamado na última hora para substituir o solista de um concerto para piano e orquestra que adoecera na véspera da apresentação. O pianista substituto nunca havia tocado a peça e, no momento do convite, estava em outro país. Tomou o avião, estudou a peça durante a viagem e, sem nenhum ensaio, tocou-a razoavelmente bem do ponto de vista técnico.

Esse procedimento ou essas bravatas dificilmente vão resultar numa interpretação profunda, própria de um estudo amadurecido e muitas vezes demorado. Alguns demoram semanas; outros, meses para amadurecer a obra. Alguns dormem com a partitura embaixo do travesseiro, para pegar a vibração da obra; outros “namoram” a obra, carregando-a consigo para todos os lugares.

A análise prévia da obra e o conhecimento de todos seus detalhes são fundamentais tanto para o solista como para os componentes do grupo, seja um conjunto de câmara, uma orquestra ou até um coro. Nos bons trios, quartetos, quintetos e outros conjuntos camerísticos, cada membro, além de dominar sua parte, deve conhecer a partitura completa, saber o que os demais estão tocando e qual a função em determinado momento. Alguns chegam a decorar as partes dos outros componentes do conjunto para ter melhor controle da coordenação geral.

O ideal seria que todos os músicos de uma orquestra procedessem da mesma forma, mas isso infelizmente é uma utopia.

Alguns músicos menos dedicados tocam apenas as notas, ignorando a parte mais importante: a que não está codificada na partitura. Argumentam que o público prefere virtuoso que tocam mais forte e rápido aqueles que o fazem com maior profundidade. Se é verdade que parte do público não percebe essas mudanças é também verdade que outra parte, mais experiente e intelectualizada, sabe diferenciar interpretações tecnicamente perfeitas porém superficiais de outras, mais profundas e fieis ás idéias do compositor.

Autor: Pianista Alberto Andrés Heller

Arquivo extraído do site da escola de musica harmonia

WWW.musicaharmonia.com.br


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