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domingo, 17 de fevereiro de 2008

Princípios básicos de afinação do Clarinete



Este artigo visa ajudar principiantes e profissionais clarinetistas a detectar e corrigir problemas de afinação que muitas vezes passam despercebidos e só são detectados quando se está tocando em naipes com diferentes instrumentos, principalmente os que eu chamo de classe aguda como flautas e oboés.

Pelo fato do clarinetista orquestral ter de usar palhetas duras (3,5 ou 4), para obter um volume de som penetrante e forte, ele perde o recurso de acertar a afinação somente pela embocadura como é normal se fazer no saxofone onde é possível alterar a nota em até meio tom ou mais somente relaxando ou tencionando mais ou menos a embocadura. No clarinete esta excursão é possível também, desde que se utilizem palhetas mais brandas e boquilhas mais abertas, como os clarinetistas de jazz o fazem, só que nestes casos eles perdem a profundidade e o som misterioso do grave do clarinete. Acaba ficando um som grave “rachado” meio misturado entre o sax e clarinete sem profundidade do registro grave que eu pessoalmente considero o mais bonito do instrumento.

Outra desvantagem do som “rachado” é que ele também não é bem visto por muitos maestros, pois no registro grave o som não é muito definido, às vezes não dá para reconhecer o instrumento, além do que o volume fica prejudicado.

Utilizando-se palhetas duras e boquilhas fechadas o som fica bom, mas a excursão do tom por variação da embocadura não chega a meio tom e também fica difícil tocar desta maneira, pois o executante tem de ter uma precisão absurda em sua embocadura alem de cansar muito. Então como pode ser resolvido o problema?

O artigo a seguir foi escrito por François Kloc que foi um especialista sênior da fabrica de clarinetes Buffet Crampon e o responsável pelo acerto da afinação de vários modelos de clarinetes e clarones. Hoje ele gerencia uma unidade da Buffet/Boosey nos EUA.

Quase todos os ajustes descritos a seguir devem ser feitos por profissionais altamente especializados, caso contrário você poderá estragar seu instrumento ou boquilha.

1. Trabalhando a afinação diretamente na nota, Se a nota tende a um bemol você poderá,

  • Aumentar o diâmetro do orifício;
  • • Abrir um pouco por vez pelo lado de dentro do orifício o corte cônico de dentro para fora.

Se a nota tende a um sustenido

  • Reduzir o diâmetro do orifício;
  • Diminuir a conicidade do corte interno.

2. Trocar o barrilete (barrell) ou alterar o diâmetro interno dele. Se for possível afinar seu clarinete trocando o barrilete,

  • Se você usar um barrilete com diâmetro interno maior que o da parte superior da espiga, você fará com que o registro grave tendencione a ser bemol e no registro médio algumas notas poderão estar afinadas;
  • Se o diâmetro for maior, acontecerá justamente ao contrário, algumas notas no registro grave poderão estar afinadas e no registro médio há uma tendência delas serem um sustenido;
  • Se você desejar subir ou abaixar a afinação inteira do instrumento você pode abrir um pouco a junção do barrilete com a espiga ou usar um mais longo ou mais curto. O mais longo irá tendencionar as notas a serem bemóis e o mais curto a serem sustenidos.

3. Fazer um ajuste fino no tubo da chave de registro e no tubo de apoio do polegar esquerdo. Você também tem a possibilidade de alterar a afinação e a resposta do som do clarinete pelo ajuste do tubo da chave de registro e do tubo de apoio do polegar. Esta mudança altera o volume interno do instrumento alterando também o caminho do ar. Este ajuste permitirá que você altere a sua embocadura, controlando-a de modo a emitir todas notas tendendo-as a serem sustenidos ou bemóis.

4.Trocando a boquilha ou modificando a boquilha. A boquilha também possui um forte efeito sobre a afinação de determinadas notas do clarinete. Ela também pode provocar a alteração da afinação inteira do instrumento, tendencionando-a para sustenidos ou bemóis.

  • Um diâmetro interno pequeno, não a câmara, fará com que o registro grave e as notas Lab, Sib (throat notes) tenderem ao sustenido. Também afetará o registro agudo tendencionando-o para o bemol com pouco volume de som;
  • Um diâmetro interno grande fará com que o registro grave e as notas Lab, Sib (throat notes) tenderem ao bemol. Também afetará o registro agudo tendencionando-o para o sustenido com muito volume de som;

Aumentando um décimo de milímetro no diâmetro interno da boquilha equivale a aumentar um milímetro no comprimento do clarinete.

Notas

O ideal mesmo é que o diâmetro interno da boquilha seja o mesmo diâmetro interno do barrilete. Recentemente fiz uma alteração em uma boquilha Vandoren 5RV adequando seu diâmetro interno ao barrilete que uso. O desbaste feito por um torneiro mecânico foi de uma “poeira” para adequação do diâmetro. Como resultado não preciso mais quase abrir a junção entre o barrilete e a espiga para afinar o instrumento.

Conselhos importantes:

Quando for adquirir uma boquilha, atente-se para este detalhe. Meça antes o diâmetro interno do barrilete (atualmente o mais utilizado é 14,65mm “bore size”). Se estiver utilizando um instrumento antigo da década de 50, a Vandoren possui a linha M13 com diâmetro interno menor.

Nunca altere e não deixe alterar nada no seu clarinete sem o aval de um bom professor ou de um profissional altamente especializado que seja também um clarinetista. Se necessitar destes serviços no Brasil, não existem muitos profissionais aptos a fazer este tipo de operação com sucesso garantido. Existem sim muitos curiosos renomados. Lembre-se sempre que clarinete é sinônimo de precisão. Um vazamento ínfimo em uma sapatilha acaba com qualquer clarinetista.

Fonte: Eduardo Weidner

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